Foi a Cristina Sampaio que me chamou a atenção para o passo que a Anabela Natário deu para além das palavras. Depois das reportagens para o jornal Público sobre a movediça cidade de Lisboa, desatou a compor um reflectório a partir da subtil marca da cidade nas suas coisas. O resultado tem tanto de fascinante como de assustador. Nada é apenas o que parece. Os objectos que habitam as paisagens urbanas são espelhos temíveis que nos empurram para realidades de feroz lirismo. É bom que ainda haja gente atenta aos fantasmas que passeiam entre nós e o mundo. Como gota rebelde de suor.
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