sábado, julho 24

In Memoriam: CARLOS PAREDES (1925-2004)

Este ano é um cemitério, mas recuso-me a acreditar na morte. É uma tentação, sublime, até. Mas enquanto os sons tiverem esta força de cidade, enquanto soar a suor, enquanto este génio souber ser simplicidade e resguardo íntimo, enquanto isso acontecer ergue-se uma parede oca de madeira que tudo aguentará. As cordas servirão para subir a vida a punho com unhas e assim o esforço soar melodia, triste, sentida. Há vida apesar da morte.

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